Angra - Ricardo Confessori sairá da banda em breve!


Segue nota oficial enviada pela assessoria da banda.
"O grande baterista Ricardo Confessori anuncia por meio deste comunicado oficial que deixará em breve o comando das baquetas do Angra. O principal motivo é o envolvimento do músico em novos projetos

Ele certamente continuará sendo parte da família Angra acompanhando a banda em outros negócios que envolvem inclusive a parte musical e composições do grupo.

Ricardo Confessori iniciou sua vida musical estudando piano clássico durante quatro anos, mas depois de ouvir sons do Rush, Deep Purple,Led Zeppelin etc, Ricardo se decidiu pela bateria, aos 13 anos de idade. Desde então o musico nunca mais deixou de estudar e de estar em contato com seus instrumento o máximo de tempo possível, dicas do próprio baterista quando perguntado sobre o assunto.
(Confessori em 1999)
Ricardo fala com a propriedade de um dos grandes bateristas atuais, reconhecido mundialmente por diversos músicos e revistas especializadas em música e instrumentos musicais. Seu primeiro trabalho como músico profissional foi na banda Garcia & Garcia. Gravou o álbum "Mr. Fire" em 1990. Este disco hoje em dia é uma relíquia para os colecionadores. Depois da dissolução da banda, ingressou no grupo Korzus em 1992, onde permaneceu por um ano e meio. Durante esse período realizou uma série de shows e acabou por se desligar do grupo por divergências com a gravadora. Imediatamente após sua saída, em 1993, recebeu o convite para assumir o posto de baterista do Angra, durante as gravações de "Angels Cry", A partir daí, Ricardo torna-se mundialmente conhecido.
Não só por mesclar outros ritmos como salsa, merengue, baião etc. ao heavy metal, mas também pelo jeito singular de tocar, extremamente técnico, preciso mas sem esquecer do feeling e da versatilidade, que são a marca do musico até hoje. No Angra, Ricardo gravou o antológico “Holy Land”, de 1996, um disco conceitual cheio de ritmos brasileiros que certamente é um marco na historia do rock pesado brasileiro. Ainda com o Angra, o baterista gravou o álbum “Fireworks”, de 1998, que rendeu os singles “Rainy Nights” e “Lisbon”, o ao vivo “Holy Live” (1997), o disco “Freedom Call” (1996) e o EP “Evil Warning”(1994).
(Durante a Holy Land Tour 1996)
Sem dúvida Ricardo é parte principal e primordial na historia da banda e na historia do heavy metal brasileiro, a família Angra deseja muita prosperidade para os novos rumos da carreira dele.
Ricardo fará os shows da 2° parte da turnê do Angra em comemoração ao Angels Cry, tocando os maiores sucessos do grupo que inspirou suas melhores composições.
Os integrantes da banda Felipe Andreoli, Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt fizeram questão de enviar um pequeno texto de despedida para Ricardo, veja abaixo:
Nos últimos anos eu tive a privilegiada oportunidade de me re-aproximar do Ricardo Confessori.
Ambos com mais maturidade, troquei experiências, aprendi muito e desenvolvi uma enorme admiração, carinho e amizade por este cara.
O Angra e sua historia foi feita por todos que já passaram por aqui. Não há como separar a imagem que as pessoas têm deste grupo, de todas as conquistas e desafios que passamos juntos.
O Ricardo Confessori vem colaborando com o grupo há muitos anos. Já nos deixou uma vez e voltou. Ajudou a criar a identidade musical do grupo. Agora, mais uma vez, as portas estão abertas para sair e também para voltar. Ele segue com seus planos e sonhos e nós o apoiamos. Espero em breve poder desenvolver outros trabalhos com este grande cara. Excelente profissional e de imenso caráter. Assim eu vejo. E assim eu desejo todo o sucesso do mundo ao Ricardo Confessori e ao Angra. (Rafael Bittencourt)
(Formação Clássica do Angra em 1993)
Tocar com o Ricardo no Angra foi um grande privilégio. Ouvir os arranjos originais das músicas que ele gravou, e tocar esses arranjos com ele, foi muito legal. Como baixista, é muito bom fazer música com um baterista que interage e ouve o que você está tocando, é uma troca muito especial. A linguagem que o Ricardo trouxe influenciou e influencia gerações de bateristas, e para mim é seu maior legado no Angra. É uma parte indivisível do nosso estilo, não importa quem venha a ocupar aquele posto. Nos cinco anos que trabalhamos juntos, tive também a oportunidade de conhecer um cara especial, muito dedicado e solícito, para quem o trabalho não termina quando ele se levanta da bateria. Foi e será sempre um prazer ter o Ricardo por perto, e é isso que espero, que ele esteja sempre por perto. Desejo a ele muita sorte e tudo de melhor nos novos projetos. (Felipe Andreoli)
(Shaman na época do Reason em 2005)
Musicalidade, estilo e personalidade. Características que destacam este grande músico que é o Ricardo Confessori. Desde os tempos, antes do Angra quando tocamos com o Supla , sabia que ele seria o cara certo para nos ajudar a desenvolver o estilo que tínhamos em mente. Holy Land veio e Ricardo deixou seu legado para sempre como um dos bateristas mais criativos do nosso pais. Foi muito boa a re-aproximação do Ricardo nos últimos 5 anos. Curtimos bastante a vida na estrada, dividindo nossas experiências musicais e pessoais. É muito bom sentir que tudo que criamos musicalmente foi o alicerce para criar uma amizade que nasceu lá do começo dos anos noventa e continua viva até hoje. Olhar para trás e rir e chorar das besteiras e acertos que fizemos ao longo da vida, com a real sensação que temos de que todos nós somos uma família, afinal, sempre estivemos juntos em momentos cruciais da vida de cada um.
Que o Ricardo tenha seus sonhos concretizados e saiba que as portas estão sempre abertas para tocar, trabalhar, viajar conosco e que pertence a este círculo íntimo de amizade que criamos ao longo de tantos anos. Estaremos aí sempre para apoia-lo e ajuda-lo no que precisar na sua nova etapa. (Kiko Loureiro)
(Angra no Rock in Rio)
Confira abaixo as datas confirmadas:
17/05 – Varginha (Brasil)
Local: Roça n Roll

18/05 – Belo Horizonte (Brasil)
Local: Music Hall

22/05 – Maceió (Brasil)
Local: Orakulo

23/05 – Caruaru (Brasil)
Local: Fafica

24/05 – Fortaleza (Brasil)
Local: Complexo Armazém

25/05 – Natal (Brasil)
Local: Armazém Hall

27/05 – Assunção (Paraguai)
Local: BCP

30/05 – Manaus (Brasil)
Local: Teatro Manauara

31/05 – Rio Branco (Brasil)
Local: 14 Bis

01/06 – Rio de Janeiro (Brasil)
Local: Circo Voador

03/06 – Lima (Peru)
Local: Centro de convenciones Scencia de la Molina

19/06 – Milão (Itália)
Local: Live Club

20/06 – Pratteln (Suíça)
Local: Konzertfabrik Z7

22/06 – Clisson (França)
Local: Hellfest

24/06 – Londres (Inglaterra)
Local: The Underworld

21/09 – Bogotá (Colômbia)
Local: Metal Millenium 2014




Site oficial: www.angra.net


Por @Lucca_Heavy

Kriver - Show de lançamento do seu novo EP "Foresight"

A banda Kriver (PE) anunciou seu show de lançamento do seu novo EP "Foresight" 
a banda que tem seu som calcado numa mistura de Heavy metal com Hard promete surpreender os fãs com uma mudança sonora na banda

(A banda mais uma vez acerta nas suas capas)


Show especial de lançamento do 3º EP do Kriver, FORESIGHT. Dia 24 de maio no Stúdio Musika!

Bandas:
KRIVER
EMBRYONICA

Local: Stúdio Musika (Rua redentor, 69 - Casa Amarela, Recife; próximo ao colégio Apoio)
Sábado, 24 de maio, 20h30 (Pontualmente)

Intresso: R$ 20
À venda com os integrantes ou através do site: www.eventick.com.br/kriver

Info: (81) 8898-0780

Resenha de show - Abril pro Rock 2014



Como esperado, mais uma vez o Festival Abril Pro Rock conseguiu mostrar porque já se consolidou há muito tempo, principalmente na  segunda noite do festival, que contou com cerca de 7500 pagantes para presenciar a destruição sonora que aconteceu no Chevrolet Hall naquele dia (26/04).

   Por volta de 18:20hrs, a primeira banda a se apresentar foi a pernambucana Dune Hill, que mesmo com o som calcado no Hard Rock, conseguiu se destacar e fazer uma ótima apresentação numa noite em que o Metal e o Hardcore são predominantes. Músicas como "Miracles", de seu recém-lançado primeiro álbum (White Sand), e a empolgante "Big Bang", conseguiram prender a atenção dos que ali já estavam presentes, os quais não correspondiam sequer a um terço do público total. Depois do clima festivo da promissora banda pernambucana, tivemos o início da apresentação do Monster Coyote, banda de Mossoró-RN, que apesar de desconhecida pelo público recifense, agradou os presentes com seu som exótico calcado no Sludge e  Stoner Metal, totalmente influenciado por grandes nomes como Mastodon e Baroness. Importante salientar que foi louvável a escolha de uma banda desse gênero para o festival, visto que o mesmo ainda é pouco difundido no país, e com isso realmente esperamos que o Abril Pro Rock continue abrindo portas para o não-convencional. 


(Um público grande nesta edição do evento)

                Logo após, tivemos a primeira banda a agradar os bangers mais extremos que ali se encontravam, a mineira Krow, que desfilou riffs matadores, abrindo as primeiras rodas de pogo realmente relevantes.  A influência do grupo mineiro se baseia nas vertentes extremas, principalmente na tradicional Escola Sueca do Death Metal, no som sujo do Crust, e claro, na influente Cena Extrema de sua terra natal.  Logo depois subiu ao palco o Desalma, grupo recifense  que já tinha se apresentado no festival em 2011. Apesar do "repeteco", dessa vez a apresentação foi completamente diferente, e teve a participação do grupo de Côco Bongar, aliando o aparato percussivo e tribal ao som extremo. A mistura foi interessantíssima e valeu pela ousadia.


                Os próximos a se apresentarem foram os malucos do Conquest For Death, que apresentam um Hardcore contagiante, cheio de grooves. Nesse momento as rodas começaram a se formar a cada música, e as ótimas energia e presença de palco dos músicos foram facilmente transmitidas ao público. Emendando o mesmo clima sonoro, uma das bandas mais esperadas da noite, a lenda do Punk brasileiro Olho Seco, adentrou o palco, e fez um setlist com clássicas músicas conhecidas por todo fã do estilo que se preze. "Vida Violenta", "Eu não sei!", e "Isto é Olho Seco", foram algumas das que levaram ao delírio todos os presentes, inclusive nessa última o refrão foi cantado por todos, em uma cena muito bonita.

                Continuando com o festival, tivemos o show do grupo Mukeka Di Rato, bastante conhecido por fazer um Hardcore com letras sarcásticas e humorísticas, e por se mostrar bem irreverente, em todos os aspectos. Assim como no show do Olho Seco, o mosh era constante, e as pessoas começavam a fazer o crowd surfing.

                Depois de mais de duas horas seguidas de Hardcore e Punk, a vibe do ambiente se diversifica para o Metal Melódico, com a entrada de um dos grandes nomes do gênero no Brasil, o Hibria, que com seu Heavy/Power Metal fez uma apresentação inédita no Estado, apresentando músicas de toda a sua carreira e agradando bastante os fãs da vertente.  A banda em questão já é bastante reconhecida, e seus músicos - incluindo o exímio vocalista Iuri Sanson - são lembrados por apresentarem muita destreza na execução das músicas.

(O Hibria mostrando seu power metal)


                Seguindo, os próximos a se apresentarem foram os veteranos do Chakal, banda mineira que é um dos principais nomes do Thrash Metal no país. Apesar de muitas das pessoas aparentarem cansaço, a energia da banda fez com que todos correspondessem à altura e, no final, ainda rolou um cover de "Evil Dead", da banda Death. Para quem estava os esperando, foi um show para ficar na memória.  Ainda no clima do Thrash Metal, os próximos a pisarem no palco do Chevrolet Hall foram os norte-americanos da banda Havok, que faziam sua primeira turnê no Brasil. Apesar de ser uma banda relativamente nova, é considerada um expoente muito forte do movimento revival do estilo. Nesse momento a casa já estava cheia, e as rodas ficaram bem maiores ao som de músicas extremamente instigantes, como "Covering Fire", "Give Me Liberty Or Give Me Death", e "D.O.A." Com certeza uma das melhores apresentações da noite.
(Os americanos do HAVOK mostrando seu Thrash Metal old school)

                O penúltimo nome a se apresentar foi o Kataklysm, banda canadense de Death Metal que une a brutalidade à veia melódica. Um dos principais atributos do grupo é a execução bastante técnica e a bateria matadora e intrincada, que estava sendo comandada pelo novo membro Olivier Beaudoin com maestria.  "Push The Venom", "Fire", "Elevate" e as clássicas "In Shadows & Dust" e "Crippled and Broken" (que inclusive contou com um wall of death) foram alguns dos sons tocados na apresentação.

(O público não parecia nada desanimado como foi constatado em uma resenha)


                Enfim, o tão aguardado headliner entra em cena, Obituary, o mito do Death Metal, um dos mais importantes nomes do gênero. O grupo comandado pelos irmãos Tardy foi ovacionado, e seu setlist, baseado nos clássicos três primeiros álbuns: "Slowly We Rot", de 1989; "Cause Of Death", de 1990; e "The End Complete", de 1992. O delírio era explícito na face dos presentes, muitos com mais de 35 anos de idade, que pareciam crianças ao ver o grupo destruir tudo. Hinos como "Intoxicated", "Chopped In Half", "Body Bag", "Turned Inside Out" e "I'm In Pain" consagraram a mais esperada apresentação da noite. A banda ainda tocou uma música do vindouro álbum - que será lançado em maio -, e quando o show parecia estar acabando, ainda voltaram pra fechar com "Slowly We Rot". Um fato interessante é que o gutural peculiar de John Tardy parece intacto mesmo passados cerca de 25 anos. Com certeza esse show ficará na memória como um dos melhores de toda a história do festival.

(Obituary destruindo tudo no APR 2014)

   Sobre o aspecto da produção: era incrível como, após o final de cada show, o próximo começava rapidamente (dentro de no máximo dois minutos) no palco ao lado, sem fazer com que o público esperasse. A única crítica fica sobre a questão do palco esquerdo, que muitos reclamaram do que soava como uma má equalização sonora, prejudicando algumas das bandas. Isso ficou bem notório no show da Krow, por exemplo. Mas no geral, a produção do festival está de parabéns por ter proporcionado mais uma vez tamanho espetáculo para o público do Nordeste. Concluindo, esperamos que o Festival Abril Pro Rock cresça e tenha vida longa. 


Ficamos então aguardando a edição de 2015 que seja tão triunfante quanto essa.

Resenha por Eduardo Santos
Fotos por Italo Supertramps

 
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