Esse post é dedicado aos lançamentos do metal em 2012! feito pelo @Lucca_Heavy e pelo Mr.Edu. Esperamos que leiam pois foi um longo trabalho analisar todos esses álbuns, sintam-se livres para comentar no fim do post via facebook! \,,/
Os melhores:
Enslaved – RIITIIR
– O Enslaved se supera a cada lançamento, é um álbum fantástico. Confira a
resenha AQUI.
The Faceless –
Autotheism – Se destacando cada vez mais, o The Faceless explora
sonoridades inéditas em seu novo álbum. Confira a resenha aqui.AQUI
Hail Spirit Noir – Pneuma –Projeto paralelo de três, dos
cinco membros do Transcending Bizarre, um dos melhores lançamentos não só do
ano, como da década (mesmo estando no começo, eu afirmo com toda certeza).
Black Metal + Rock Psicodélico. Gêneros tão distintos, uma fusão inimaginável.
Pois o Hail Spirit Noir fez isso de esplêndida e magnífica maneira. Esse álbum
é perfeito. Se você for um fã de música irá gostar com certeza. Se for um black
metaller acéfalo, eu já não sei.
Soulspell - Hollow's Gathering - O Projeto de Heleno Vale chega a sua 3° parte, sendo provavelmente o
álbum mais completo e perfeito da banda, onde ficou equilibrado o estilo
brasileiro de fazer metal melódico do 1°álbum, com a complexidade de arranjos
do 2° álbum. Músicas como a faixa título, "To Crawl or to Fly", e o
já clássico "A Escape into the Storm", são alguns destaques do
trabalho. Um projeto que aposta forte em vocais femininos, uma nova tendência
no metal melódico em si.
Van Halen - A Different Kind Of Truth – A volta de David Lee Roth fez
muito bem ao Van Halen, a prova é esse trabalho fantástico. Sinceramente, não
esperava um trabalho tão bom. Também é o primeiro álbum com o baixista Wolfgang
Van Halen, que é filho de Eddie Van Halen, e entrou para substituir Michael
Anthony. Há muito tempo eu não me empolgava com um álbum de Hard Rock, destaque
para “You And Your Blues”, “China Town”, “Bullethead”, “Tatoo”. A semelhança
entre “Stay Frost” e a clássica “Ice Cream Man” é bem nítida, mas nada que
suje a imagem desse grande álbum.
Luca Turilli's Rhapsody - Ascending To Infinity – Depois da saída
de Lucca Turilli do Rhapsody Of Fire, descobrimos porque o mesmo era o cérebro
da banda. Confira a resenha AQUI.
Age of Artemis - Overcoming Limits - Álbum de estreia da banda, o vocalista Alirío Netto mostra ser uma das
maiores "revelações" do metal brasileiro, nesse disco a banda tenta
dar uma revigorada no estilo abordando novas ideias, mas sem desvirtua-lo com
muitas mesclagens. Todas as músicas são boas, mas os carros chefes "Truth
in your Eyes" e "You'll See" são aquelas que você sempre acaba
escutando novamente, audição indispensável para quem gosta de um bom
metal melódico.
Alcest - Les Voyages De L'Âme – Simplesmente fantástico, a mente
de Neige é brilhante. O que ele tem de estranho, ele tem de gênio. Num som q
mescla Black Metal, Shoegaze, Post Rock e Atmospheric Rock, Niege sempre
surpreende a cada lançamento do Alcest. Uma banda com um feeling imenso, é essa
a definição do Alcest. Eu conheci a banda há pouco tempo, mas foi uma rápida
paixão.
Black Breath - Sentenced To Life – Banda relativamente nova e
oriunda de Seattle, fazem um death/thrash/crust/crossover dos bons, se você
está decepcionado com o novo álbum do Master, e quer ouvir alguma coisa pesada
e realmente empolgante, conheça o som desses caras. Sentenced To Life é o
segundo álbum da banda, que assim como o primeiro, não decepciona.
Anathema - Weather Systems – Com certeza um dos melhores, senão
o melhor álbum do ano. O Anathema,
com seu Atmospheric Rock, consegue fazer o ouvinte chorar nesse álbum. Alguns
falam que a banda deveria continuar com suas antigas diretrizes musicais, mas
eu acredito que qualquer mudança no som de uma banda é válida, desde que ela
mantenha a qualidade no que se propõe. Claro que algumas mudanças drásticas
decepcionam fãs de alguns estilos, mas o fã de música não se decepcionará com
esse lançamento. Todas as músicas desse álbum tem um feeling extremo e merecem
ser ouvidas num momento de reflexão do ouvinte.
Primal Fear - Unbreakable - O 9° álbum da banda alemã mostra um trabalho mais coeso e interessante que o disco anterior (16.6), músicas como "Strike", "Bad Guys Wears Black" e a linda balada "Where angels die" mostram que o vocalista Ralph Scheepers, ainda vai durar muito tempo como um dos melhores vocais do power metal, destaque para todo o álbum que ficou bem menos exagerado e audível que o anterior.
In Mourning – The Weight Of Oceans – 3º trabalho desses suecos, que se
situam entre o Death Progressivo e o Melódico, também agregando uma pitada de
doom. O instrumental é perfeito, o vocalista Tobias Netzell utiliza tanto do
gultural, como do limpo. A banda tem passagens calmas, mas também passagens
extasiantes e pesadas. Tudo isso com muito feeling.
Ne Obliviscaris – Portal Of I – Desde a Demo “The Aurora Veil”,
lançada em 2007, esperava-se muito desses caras, realmente os australianos não
deixaram a desejar. É um álbum fantástico, sem sombra de dúvidas um dos
melhores álbuns do ano. Um Metal Extremo deveras progressivo e simfônico, com
uso muito acentuado de violino, e que não deixa a desejar no quesito feeling.
Uma genialidade musical tão grande, que me deixou super ansioso pra ouvir o
próximo trabalho do grupo. Eu nunca tinha ouvido banda sequer similar.
Epica - Requiem For The Indifferent – O que eu posso falar desse
trabalho? O melhor álbum da carreira da banda?
Sim. Você pode não achar, mas minha opinião não é absurda. O álbum tem
14 faixas (contando com a faixa bônus), e raramente deixa a desejar em algum
momento. A encantadora Simone Simons
está melhor do que nunca, e a banda mescla porradas e baladas com uma maestria
absurda. No primeiro grupo temos “Monopoly On Truth” ou “Internal Warfare”. Já
pro segundo, temos Delirium ou “Twin Flames”, essa última, por sinal, uma das
melhores baladas que eu já ouvi.
Overkill - Eletric Age - Com uma qualidade de gravação excelente, e mantendo o mesmo peso encontrado em “Ironbound”, os americanos nos brindam com 10 faixas fantásticas e viciantes, sendo daqueles discos para deixar no “repeat” do aparelho de som por um longo tempo, como já prova a faixa de abertura, “Come And Get It”, digna dos discos clássicos da banda, numa verdadeira aula de thrash metal.
Não é o disco que irá mudar seus conceitos sobre a banda, mas se você já é fã (e fã de thrash metal em geral), certamente irá curtir muito este “The Electric Age” um álbum pra nenhum thrasher botar defeito!
Rush - Clockwork Angels – Com uma carreira invejável, a
banda nunca se repete, e em seu décimo nono álbum de estúdio não poderia ser
diferente. Na minha opinião, um dos melhores álbuns da banda. Desde o Moving
Pictures o Rush não fazia um álbum tão perfeito. É o segundo álbum com a
produção de Nick Raskulinecz. Não há faixas a se destacar, porque todas são
ótimas.
Testament - Dark Roots Of The Earth – Há muito tempo o Testament não
fazia um álbum tão legal, a banda conseguiu fazer um trabalho com suas
características mais marcantes, que é a versatilidade e a criatividade, no
estilo totalmente saturado que é o thrash metal. Aqui você encontrará faixas
como “True American Hate”, que é uma lição de violência sonora, mas também
encontrará “Cold Embrace” (minha faixa preferida do álbum), uma excelente
balada ao estilo da clássica “The Legacy”.
Spawn Of Possession – Incurso – Se você tiver paciência para ouvir
Technical Death Metal, perceberá que o álbum é fantástico. Não há muito o que
falar sobre, é exuberância técnica aliada à criatividade, essa última condição,
ausente na maioria das bandas do estilo. Alguns criticam o estilo afirmando que
é puro exibicionismo sem coerência musical, a esses eu recomendo ouvir esse
álbum. Na capa do álbum há a figura de um maestro, e quando ouvimos, percebemos
o motivo.
Gorod - A Perfect Absolution – Outra boa banda de Tech Death,
seu último álbum me agradou muito, assim como o Spawn Of Possession, eles não
deixaram faltar criatividade em seu trabalho.
Accept – Stalingrad – Assim
como no álbum antecessor, o Accept manda muito bem novamente no seu último
trabalho. Stalingrad é o segundo trabalho com o vocalista Mark Tornillo, que
teve a difícil tarefa de assumir o posto já ocupado pelo senhor Udo, e, pelo
jeito, ele já mostrou que agrada a todos. O Heavy Metal Tradicional é o estilo
mais saturado de todos, ficando assim difícil encontrar novas músicas
empolgantes. Já em Stalingrad, temos faixas muito boas, com um grau de
originalidade muito grande, vide “The Quick And The Dead”, “Hellfire”, “Hung,
Drawn And Quartered”, e a épica faixa título “Stalingrad”.
Borknagar – Urd – Seguindo
a linha black progressiva, mais um ótimo registro é lançado. A banda consegue
criar atmosferas sombrias, e soar melódica ao mesmo tempo. Totalmente recomendado. Destaque para
“Epochalypse”, “The Beauty Of Dead Cities”, “The Earthling”.
Angel Witch - As Above So Below – Quando eu soube que o Kevin
Heybourne iria fazer um outro álbum o Angel Witch, fiquei muito animado, porque
eu simplesmente não suporto os 2 álbuns com o Dave Tattum, mas, focando no
álbum em questão, As Above So Below não deve ser ouvido se esperando um
trabalho como o debut da banda, jamais. Porém, o Angel Witch voltou a me
empolgar, achei fantástico o trabalho como um todo. Destaco faixas como “Dead
Sea Scrools”, ou a genial “The Horla”, que lembra um pouco a incrível
“Sorcerers”, do clássico debut.
Andre Matos - A Turn of the Lights - O álbum mais diferenciado da banda até hoje varia entre momentos pesados e voltados ao power/melodic como na excelente "Liberty" que abre o disco "Course of Life","Oversoul" também no mesmo disco tem coisas mais experimentais como a faixa "Gaza"bem climática e com influências setentistas, um ótimo disco que superou o esperado dos pessimistas que achavam que a carreira dele já está no fim.
Converge – All We Love We Leave Behind – Esse quarteto norte-americano faz
uma mistura de Hardcore Punk com Metal. Alguns classificam a banda como
Metalcore, e até Mathcore. Essa última classificação deve-se ao fato que a
banda não utiliza os padrões de estruturas sonoras dos gêneros pelos quais se
situa ou é influenciado. Se o ouvinte tiver muita atenção, percebe que em
algumas passagens lembra o Mastodon, mas adicionado de muito caos.
O fato é que a banda está na ativa desde o início dos anos 90, e a cada
lançamento vem conseguindo mais destaque na cena mundial. Nesse trabalho
podemos ter uma noção de toda experiência que a banda adquiriu. A criatividade é
muito grande, e o som não é nada clichê. As principais influências da banda são
Black Flag, The Accused, Entombed, entre outros grandes nomes. Todas as faixas
são boas, impossível sentir algum deja vu durante o álbum. Destaco “Aimless
Arrow”, “No Light Escapes”, “Sadness Comes Home”, “Trespass”, “Veins And Vails”,
e o resto do álbum inteiro.
Be'lakor - Of Breath And Bone - 3º album dessa banda australiana de Melodic Death, o Be’lakor não tem reconhecimento como a grande maioria das bandas citadas nesse post, porém, a qualidade sonora do grupo é inegável. Uma pena eles não serem mais reconhecidos, assim como o Omnium Gatherum e o Imsomnium, estão evoluindo cada vez mais seu som, saindo dos clichês do death melódico. Acho que o fato deles não serem do eixo escandinavo, dificulta um pouco a rápida ascensão, mas espero que com esse magnífico trabalho, a banda consiga várias conquistas.
Eluveitie – Helvetios – Aqui está uma banda que
dificilmente decepciona, o Eluveitie, em seu quinto álbum de estúdio, traz mais
outro grande álbum, e acho difícil algum fã da banda se decepcionar com esse
lançamento. A banda cada vez evolui mais, e mostra que tem tudo para ser um
gigante do metal futuramente.
Ihsahn – Eremita – O fundador do Emperor segue com
sua carreira solo, e em seu quarto disco, Eremita, podemos perceber de vez que
o Ihsahn se afastou do som dos primórdios da carreira no Emperor. Com muito
experimentalismo, dentro de um gênero outrora pouco explorado, o Ihsahn mostra
um Black Metal progressivo, melancólico, caótico, experimental, entre tantos
outros adjetivos que poderíamos dar a esse trabalho. Podemos encontrar vocais
limpos, saxofone, e algumas participações especiais deveras interessantes, como
Devin Towsend em “Introspection”, e o guitarrista Jeff Loomis em “The Eagle and
the Snake”
Katatonia – Dead End Kings – Apesar do direcionamento
totalmente oposto ao clássico “Dance Of December Souls”, álbum que os mostrou
para o mundo, o Katatonia segue seu novo direcionamento muito bem. Na verdade a
banda nem Metal é mais, porém, faz um Depressive Rock muito competente, com
belas atmosferas, herança do doom metal. Destaque para os vocais de Jonas
Renkse.
Paradise Lost – Tragic Idol – O que eu posso falar sobre esse
álbum? Paradise Lost. Essa é a resposta. A inspiração da banda parece ser
infinita. Então já dá pra imaginar do que estou falando.
Embreach – Hues Of Red – Uma
banda de Death Melódico estreante, fazendo um som agradável e original. Em seu debut, não seguem a linha melodeath
tradicional, e flertam com Metalcore, e também percebe-se pitadas de doom
metal. É um som bem peculiar, cheio de breaks bem encaixados, mas também com
belas harmonias. Foi a banda de Death Melódico mais exótica que eu já vi.
Merece a audição.
Kreator – Phantom Antichrist - Mais
uma vez, o Kreator nos traz um álbum que segue a linha de seus últimos
lançamentos, um thrash cheio de licks melódicos, muito diferente do som que a
banda fazia nos anos 80. Muito mais técnico, o trabalho de guitarras é genial. Algumas
faixas como as rápidas “Phantom Antichrist”, “Death to The World”,
“Civilization Collapse”, e também a fantástica, cadenciada(pelo menos a sua
maior parte) e emocionante “Until Our Paths Cross Again”.
Destruction – Spiritual Genocide – Em seu mais recente lançamento,
o Destruction nos mostra um trabalho sólido. Confira a resenha AQUI.
Decepções:
Master - The New Elite – Só porrada, faltou criatividade. Lá pra
metade já fica insuportável, exceto se você estiver no meio de uma roda de
pogo.
Terrorizer - Hordes Of Zombies – Uma mesmice sem tamanho, assim
como o Master, cai frequentemente em repetição, só que esse é um caso ainda
mais bizarro, pois dá pra ser ouvir riffs totalmente semelhantes, senão iguais.
Totalmente dispensável.
Dragonforce – The Power Within – A banda trocou de vocalista, mas
ainda é o Dragonforce.
Wintersun – Time I – Esse é o mais broxante de todos.
O que eu posso dizer, é que esse álbum é um Chinese Democracy. O Wintersun
passou 8 anos, com vários anúncios de adiamento do lançamento do Time, para
fazer um álbum com 5 faixas, sendo 2 instrumentais, e 3 longas faixas que são
um saco, pura encheção de linguiça. Algumas pessoas chegaram a dizer que foi o
melhor álbum do ano, realmente fiquei mais do que assustado, ao me deparar com
um depoimento desse. A verdade é que algumas pessoas conseguiram ver o álbum
como uma obra prima, já muitos odiaram e acharam horríveis. Eu sou do segundo
grupo, sinceramente não consigo destacar sequer um ponto positivo nesse álbum,
e não sei como o primeiro grupo chegou a conclusão que o Time I é ótimo. Ah, e os lindos arranjos também fazem parte
da encheção de linguiça. Digo até que foi um dos piores álbuns do ano. Muito
hype pra nada.
Polêmicos:
Steve Harris – British Lion – Muitos amaram, muitos odiaram. O
projeto paralelo do Steve Harris não tenta soar em nada como o Iron Maiden, e, exceto
em “Us Against The World”, você não lembrará do Iron. Mas o motivo de tanta
polêmica é o vocal. Muitos o reprovaram.
Na minha opinião, o vocal é mediano, me senti indiferente ao que ouvi. E
o álbum tem seus momentos legais, assim como tem faixas insuportáveis.
Huntress - Spell Eater – Com certeza um dos mais
polêmicos. O motivo, é que a maioria alega que a banda é puro marketing, já que
a vocalista Jill Janus, ex-modelo da playboy, utilizava de fotos sensuais para
divulgar a banda. Admito que foi muito rebuliço para as fotos promocionais da
moça. Mas não vejo como isso pode influenciar no som da banda.
O álbum em si não é de todo mal, um heavy metal bem pesado, nada clichê,
mas também nada que se possa chamar de ótimo. Interessante notar que a Jill se
sai bem, com seu vocal exótico, rasgado, com belos agudos, e uma maneira
peculiar de cantar, meia rouca, parecida com uma certa hippie dos anos 60.
Dorsal
Atlântica – 2012 –– A banda revive com sua formação
clássica. Foi feita uma campanha para arrecadar fundos para a gravação de um
novo álbum, o valor: 40 mil reais. Algumas pessoas falam que o Dorsal poderia
ter feito um trabalho muito melhor com esse valor, outros falam que a mixagem
está muito ruim. O fato é que o álbum parece ter sido feito nos anos 80,
inclusive a mixagem, que não sei se foi feito dessa maneira propositalmente.
Nervosa - Time of Death - A banda que provavelmente criou mais polêmica no ano, acusada de muitas coisas, a banda feminina de thrash metal continua seus trabalhos e com certeza continuará a criar polêmica por aí.
Por - Mr.Edu e @Lucca_Heavy