Resenha: Destruction – Spiritual Genocide




   Dessa vez temos uma figurinha muito conhecida aqui no Brigada, o Destruction, banda alemã de Thrash Metal, que faz parte do trio ternura alemão, ao lado do Sodom e do Kreator.
   A banda foi fundada em 1982, na cidade de Weil am Rhein, pelo guitarrista Mike Sifringer, e o baixista (e também vocalista) Schmier. Não só como pioneira do Thrash Europeu, mas como uma das pioneiras do estilo no mundo, a banda se consolidou através de lançamentos como o debut “Infernal Overkill” de 1985, e “Eternal Devastation” de 1986. Após a saída de Schmier, em 89, a banda passou por um período que não lançou muita coisa, e, o que lançou,  não tinha a qualidade dos trabalhos anteriores. Foram os álbuns “Cracked Brain”, com o vocalista André Grieder, e “The Least Sucessful Human Canonball”, com Thomas Resenmerkel nos vocais. Esse último álbum, por sinal, foi uma incrível piada de mau gosto para com os fãs. Mas parece que a má recepção do material, fez bem para a banda, visto que Schmier voltou em 1999, para a alegria dos fãs.  De lá para cá, o Destruction nos presenteou com ótimos álbuns, e nunca mais deixou a desejar. Em Novembro de 2012, a banda lança seu 13º material de estúdio, “Spiritual Genocide”, comemorando os 30 anos da banda. Pois vamos à resenha do mesmo:
   O álbum começa com “Exordium”, curta introdução, em que a bateria anuncia o que vem logo a seguir, uma porrada sonora chamada “Cyanide”, que começa com um grito de Schmier, instigando todos à excitação que é a faixa.  O riff principal de guitarra, apesar de simples e tradicional do thrash, ganha um punch a mais quando aliado a bateria de Vaaver, músico de extrema competência e agressividade sonora, que está com a banda desde 2010. O refrão da música é extremamente marcante: “Hellride, Cyanide Dreams, Looks like suicide, Cyanide Dreams ...” Seguimos com a faixa título do álbum, “Spiritual Genocide”, que continua mostrando a qualidade do álbum de uma forma positiva. Essa faixa tem uma acentuação mais melódica que a faixa anterior, principalmente no trabalho de guitarras, porém, mais uma vez, Vaaver mostra que conseguiu se adaptar ao Destruction, principalmente no refrão, com suas viradas geniais e cheias de peso.  A próxima faixa é “Renegades”, mais cadenciada, a faixa é uma das mais fracas do álbum. Apesar da coerência dos músicos em sua execução, tem um refrão extremamente sem graça, e podemos dizer a mesma coisa do solo de guitarra, que, em sua maior parte, é composto de algumas poucas notas acompanhadas de alavancadas.
   Logo depois temos “City Of Doom”, que até parece ser outra faixa sem graça, até chegar no refrão, que, apesar de simples, dá uma variação maior a música, e a faz sair da mesmice. “No Signs Of Repentance” é uma faixa com a cara do Destruction que conhecemos: direta, rápida, e sem frescuras. To “Dust You Will Decay” é mais uma faixa monótona, e que carece de agressividade. Tem um refrão extremamente repetitivo: “Death – there is one thing we can’t betray, safe to say to dust to dust to dust, to dust you will decay, to dust to dust - to dust – even if we pray, to dust to dust to dust, to dust you will decay.”
   Na 2º metade do disco, damos de cara logo com “Legacy Of The Past”, faixa deveras pesada, uma das melhores do disco, sem sombra de dúvidas. Essa faixa tem duas participações especiais – Tom Angelripper do Sodom (que já participou em trabalhos anteriores da banda), e Gerre do Tankard. Depois temos “Carnivore”, faixa que foi usada para promover o álbum, e que teve direito até a videoclipe. Acho que a banda deveria ter escolhido melhor a faixa para gravar um videoclipe, “Carnivore” não é ruim, mas carece do mesmo problema encontrado em outras faixas do material, ausência de agressividade. “Riot Squad” é aquela faixa que não fede nem cheira, não há atrativos, mas ao mesmo tempo, é ausente de pontos negativos a se apontar, ou seja, parece que foi colocada ali só para ser uma faixa a mais no álbum.

   Para fechar o álbum, temos “Under Violent Sledge”, música sensacional, crua, sem firulas, e com um refrão matador. A cozinha aqui também se mostra muito competente, e Schmier faz um belo trabalho nos grooves.
   Como faixas bônus, ainda encontramos “Princess Of The Night”, cover do Saxon, executada de maneira muito decente. Destaque para Vaaver, que se comportou, e não avacalhou durante toda a faixa, fazendo suas viradas nos momentos certos. A outra faixa bônus é “Carnivore”, novamente, mas dessa vez com participação especial de Harry e Olly Kaiser, músicos que já passaram pela banda, e estiveram presentes na formação  do “Release From Agony”, de 1988.
   A capa do álbum é muito legal, mostrando o mesmo açougueiro sádico da capa de “Inventor Of Evil”, álbum de 2005.  As letras continuam as de sempre, críticas sobre violência, opressão religiosa e política.
   O Destruction tem datas agendadas em 6 cidades brasileiras para 2013:
29/01: Brasília – TBA
31/01: Belo Horizonte – Music Hall
01/02: Catanduva – Buffet “Mazzi”
02/02: RECIFE – CLUBE INTERNACIONAL DO RECIFE
03/02: São Paulo – Vila Marques
05/02: Porto Alegre – Beco

   Recomendo totalmente prestigiar essa turnê de aniversário da banda. Certamente irão tocar um desfile de clássicos, e, claro, algumas músicas do novo álbum.

                                               ( Flyer do show de Recife )

Informações técnicas

Tracklist:
1.           Exordium
2.           Cyanide
3.           Spiritual Genocide
4.           Renegades
5.           City of Doom
6.           No Signs of Repentance
7.           To Dust You Will Decay
8.           Legacy of the Past (com participações especiais)
9.           Carnivore
10.         Riot Squad
11.         Under Violent Sledge
12.         Princess of the Night (Saxon cover)
13.         Carnivore (com participações especiais)

Membros:
Mike                         Guitarra
Schmier                    Baixo, Vocal
Vaaver                      Bateria


Data de Lançamento: 23 de novembro de 2012

Avaliação: 8,0
Prós:

  •         Cozinha perfeita durante todo o álbum. Destaque para o baterista Vaaver.
  •         Algumas faixas agressivas lembram o período clássico da banda.


Contras:

  •        Parece que a banda colocou algumas faixas monótonas no material só para fazer número.
  •        Solos de guitarra não são criativos.

Por:MrEdu

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